Rádio

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Tarde?

Tá tarde pra ressussitar isso?
Tá tarde pra largar o curso? Ou tá cedo?
Tá tarde pra dizer que realmente nao cabe ao "eu" de 17 anos decidir o que vai ser do "eu" do resto da vida.

Não sei se to na crise do meio do curso, já passe do meio do curso.... Se não tivesse passado talvez fosse pra casa agora mesmo. Nem esse colchão que me dá dor nas costar eu não ia querer levar.
Quero amor. Quero que esse ano acabe, pq tudo que ele teve de ruimm pra mostrar ja mes basta.
2010, me dé esses ultimos dias de folga, beijos.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Nas praias do Rio, 5 de cada 10 transeuntes são gringos

Era um desses típicos finais de semanas chuvosos no Rio de Janeiro e a televisão já me entediava havia horas. Também cansado de estudar tanta história econômica e números surreais, aproveitei o minuto de trégua que São Pedro concedeu à Cidade Maravilhosa, peguei minha camera e saí para fazer algumas fotos e matar algum tempo olhando a praia de Copacabana.

Vesti uma calça jeans, uma camiseta, coloquei uma blusa por cima e desci de havaianas mesmo. Caminhei um pouco, fotografei e antes de subir me sentei em dos bancos que ficam no calçadão para poder simplesmente olhar o mar. Como já fazia algum tempo desde que a chuva havia cessado o movimento começou a aumentar. Surgiu uma alma aqui, um cachorro ali, pais e filhos lá e um casal apaixonado por aí.

Mas o mais interessante, e o motivo deste texto, foi o fato que se deu a seguir.

Ao longe avistei duas senhoras que caminhavam gostoso na areia, na beirinha do mar, cada uma segurando seu sapatinho, rindo e apoiadas uma na outra. Era uma cena bonita de ver. A amizade, o espirito carioca e tal...

Em determinado momento percebi que as senhorinhas começaram a voltar, rumar em direção ao calçadão. Vieram, e se sentaram no mesmo banco que eu. Cedi espaço para que elas ficassem a vontade para vestir os sapatos, dei um sorriso e elas sentaram de frente pra rua. Quando de repente escuto um dialogo, nada reprimido, com as seguintes falas:

— Menina você não vai acreditar. Mas não é que o fulano resolveu comparecer? Pois é, queria porque queria a noite inteira. Fizemos como há tempo não faziamos. E eu gostei né... e gozei, claro!

— Ai, menina, lá em casa tá tudo na mesma. De vez em quando depois do jornal até acontece alguma coisa. Você acredita que esses dias ele queria vir por trás? Mas tem que ser rápido, né, porque loguinho depois vem a novela e, você sabe, não dá vontade de perder um capitudo d’A Favorita.

Eu fiquei perdido. Envergonhado até. SERÁ QUE EU TINHA USADO TÃO BEM O COTONETE CAPAZ DE DESENVOLVER UMA AUDIÇÃO SUPERSÔNICA? ELAS REALMENTE ESTAVAM DIZENDO AQUILO, DO MEU LADO, EM ALTO E BOM SOM?

Olhei para baixo num estilo avestruz mirando a havainas que estavam no meu pé. Então, de repente, um lapso passou pelos meus neurônios e acabei percebendo o que se passava: de havaianas, jeans e um blusa escrito BRASIL em letras garrafais, EU ERA O TÍPICO GRINGO PASSEANDO PELO RIO.

Antes de ter a crise de riso, levantei rapidamente, olhei para elas, dei outro sorriso e disse: — Bye!
Caminhei até o prédio e, eu juro!, naquele dia, o porteiro pensou que eu tinha encontrado com o Bozo.

sábado, 11 de abril de 2009

segunda-feira, 6 de abril de 2009

90's

A Natalia Matins me passou um vídeo do youtube que me lembrou como era a vida sem provas de cálculo e sem passar 100% do meu tempo conectado à internet. Se você tem mais ou menos a mesma idade que eu (18) vai gostar do vídeo.

Enjoy!


sexta-feira, 3 de abril de 2009

Idéias Desconexas...

Ao som de ABBA vos digo:

Não abandonei o blog. Aliás, falando nisso assisti uma palestra na Calourada (evento universitário aqui na UFU) de uns poetas blogueiros, falando sobre toda essa popularidade de publicar o que te der na telha, pro mundo inteiro, sem o aval de um editor para dizer antes do público se o que você faz é bom ou não. Foi muito interessant, se virem ai e busquem algo no google sobre o projeto tamboril. E um dos caras que deu a palestra é do
Hotel Sete. Sugiro!

Vos digo também que esse post será uma série de pensamento isolados sobre assuntos desconexos. Agora é a hora que eu conto que to sem dinheiro, e que, no supermercado, o que eu acho que vai ser uma compra barata para durar o mês inteiro, é uma compra cara, que com certeza vai acabar bem rápido.

[Mensagem especial para os ET's da UFU e afins] Fiquei até 00h no bloco ontem, contando os votos das eleiçoes da nova chapa do Centro Academico, agora eu me liberto dizendo: SIM, SOU TENDENCIOSA. SIM, DEU VONTADE DE RIR ENQUANTO CONTAVA OS VOTOS.

Proximo tema: meu professor de Didática Geral vai dar 20 (ou 30, não lembro) pontos (de 100) pra um trabalho que consiste no seguinte: falar da minha vida, tudo que der na telha, mas dando destaque para as coisas que eu julgo que me fizeram escolher a carreira docente... influência familiar, de professores, ou sei lá o que. É o cúmulo... eu acho pelo menos! Quer saber da minha vida pessoal vai no meu
orkut, e não me faz perder tempo escrevendo besteira. Até parece que eu não tenho milhares de páginas de História da Puta que Pariu par ler.

Outra coisa, é que eu concordo com o post do colega Renan sobre o bandejão. Realmente quem recebe para pensar no funcionamento desses sistemas não está fazendo jús ao salário que ganha. Aqui na UFU nem tem toda essa coisa complexa de dois cardapios. O problema é bem simples: quando os caras resolvem servir a comida, provavemente no intuito de ridicar (Verbo. gíria de vó. não dar porque não quer) , acaba gerando desperdicio. No meu caso pelo menos, com as minhas mãos eu colocaria bem menos comida... e de repente, outra pessoa pegaria mais e comeria tudo. Sei lá, vejo muita coisa ir pro lixo. [ironia]Mas, e eu com isso né?[/ironia]

É isso. Amanhã tem Arnaldo Antunes e Edgar Scandurra na CALOURADA! Bora?

e, por fim O OVO DE PASCOA TÁ CARO DEMAIS!

segunda-feira, 30 de março de 2009

5 dicas para quando se está sozinho e doente

Uma lista de 5 coisas básicas para aqueles que moram sozinho e deram de cara com a gripe, o resfriado e afins.

1) Sua coleção de comprimidos. Tenha sempre Dorflex, Aspirina e Anador. Não se esqueça do Benegripe nem de Tylenol. Se achar necessário, procure ter também Ibuprofeno. (A combinação Tylenol+Ibuprofeno na hora da gripe é uma benção).

2) Xaropes. Procure os que sejam feitos de mel, guaco, camomila e agrião. Se você for uma daquelas pessoas que não acredita em tratamentos naturais, tenha mesmo assim. Xaropes, geralmente, são docinhos e podem adoçar a fossa que é ficar doente.

3) Tenha um termometro. Não há necessidade de ser os moderninhos digitais. Os de mercúrio já funcionam bem. O importante é se lembrar que se você mora sozinho não havera mão-na-testa que meça sua febre.

4) Tenha bons amigos. Serão eles quem assinarão seu nome na lista de presença quando você precisar faltar da faculdade, ou serão eles que confirmarão para o seu chefe como sua cara estava redonda e inchada e seu nariz parecia as Cataratas do Iguaçu.

5) Tenha uma boa cama, um bom edredom, e uma TV*. Não sei quanto a você mas, para mim, não há nada mais relaxante do que curtir a fossa de ficar doente vendo Sessão da Tarde coberto até o pescoço.

[*Se a TV for velha e tiver chuviscos a sensação fica ainda melhor!]


Pôa Zorte!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Um pouco de racionalidade só faz bem

O que me impressiona nesse país é a falta de lógica.

Assisti uma palestra ano passado do Carlos Alberto Sardenberg, jornalista de assuntos economicos, e uma das discussoes pautadas girou em torno da legislação notionless do país. Ele contava sobre um episódio acontecido em uma cidade do interior de Minas Gerais que deixou de receber uma das maiores fábricas da AmBev (e junto com ela milhares de empregos e receita para a cidade) por causa de algumas centenas de pés de pequi, que de acordo com a lei não pode ser destamatado em qualquer que seja a circunstância. Os administradores interessados na cidade mais o prefeito interessado nos empregos uniram-se e elaboraram uma proposta para que houvesse uma brecha lógica no caso: a AmBev garantiu a replantação dos 400 pés de pequi em dobro, ou seja, 800 pés, e até mais, para arredondar combinaram 1000 pés. Mas para não deixar dúvida do compromisso da empresa e da cidade com o meio ambiente adicionaram um zero a mais depois dos outros e confirmaram a replantação de 10.000 pés. Não adiantou, a legislação era irredutivel, alguns pés de pequi custaram milhares de empregos e geração de renda para uma cidade de pequeno porte inteira.

Embora eu não tenha estado em Minas Gerais para acompanhar o caso, nem tampouco cheguei perto de um pé de pequi, hoje me aconteceu uma situação de falta de lógica semelhante.
Tenho almoçado quase todos os dias no restaurante universitário da faculdade. O cardapio segue duas linhas: a linha tradicional e uma de dieta balanceada e diet/light. Embora sejam duas linhas distintas, você pode intercambiar os acompanhamentos entre elas. Mas é uma via de mão única. E aqui que reside o problema da falta de racionalidade. Se você quiser combinar a carne da linha tradicional com as cenouras cozidas e o arroz fluorescente da linha diet/light, fique a vontade e sirva-se. Mas se você quiser pegar o arroz e o feijão da linha tradicional e só o frango grelhado da linha natureba, você não pode. Para pegar o frango grelhado você até pode já ter pego arroz e feijão, mas tem que pegar também o arroz integral e a carne de soja.
Se você é como eu e não gosta de arroz integral e nem carne de soja, você provavelmente faria o obvio, pegaria o arroz integral, a carne de soja, o arroz e o feijao normal, e só comeria aquilo que quer, deixando para ir para o lixo aquilo que você não comeu.

MAS eu sou um universitário que mora longe de casa. Para aqueles que veem a geladeira vazia, jogar comida fora é crime.

Fui falar com a supervisora do local e expliquei o meu raciocínio. Ela meio que gaguejou, pediu um minuto e disse que ia conversar com a nutricionista-gerente. FOI... VOLTOU. Trouxe a seguinte explicação: “você tem que pegar todos os itens porque eles são contados como porção. Se pegar só um, vai sobrar do outro, já é tudo incluído nas contas de quantidade por pessoa e bla bla blá”. BOA RAZÃO. Não fosse pelo fato de que de qualquer forma vai pro lixo o que sobrar. Ou vai do prato de quem não come. Ou vai do restaurante que não pode, nem ao menos, dar o que sobra da comida para quem passa fome, e essa é uma outra lei discutível.

De qualquer forma, o que falta nesse país é racionalidade para criar sistemas inteligentes. Sejam leis ou cardápios. Seja na hora de se perguntar quantas pessoas valem um pé de pequi. Ou na hora de contar quantas toneladas de lixo vale um estomago vazio.