[*Se a TV for velha e tiver chuviscos a sensação fica ainda melhor!]
Rádio
segunda-feira, 30 de março de 2009
5 dicas para quando se está sozinho e doente
sexta-feira, 27 de março de 2009
Um pouco de racionalidade só faz bem
Assisti uma palestra ano passado do Carlos Alberto Sardenberg, jornalista de assuntos economicos, e uma das discussoes pautadas girou em torno da legislação notionless do país. Ele contava sobre um episódio acontecido em uma cidade do interior de Minas Gerais que deixou de receber uma das maiores fábricas da AmBev (e junto com ela milhares de empregos e receita para a cidade) por causa de algumas centenas de pés de pequi, que de acordo com a lei não pode ser destamatado em qualquer que seja a circunstância. Os administradores interessados na cidade mais o prefeito interessado nos empregos uniram-se e elaboraram uma proposta para que houvesse uma brecha lógica no caso: a AmBev garantiu a replantação dos 400 pés de pequi em dobro, ou seja, 800 pés, e até mais, para arredondar combinaram 1000 pés. Mas para não deixar dúvida do compromisso da empresa e da cidade com o meio ambiente adicionaram um zero a mais depois dos outros e confirmaram a replantação de 10.000 pés. Não adiantou, a legislação era irredutivel, alguns pés de pequi custaram milhares de empregos e geração de renda para uma cidade de pequeno porte inteira.
Embora eu não tenha estado em Minas Gerais para acompanhar o caso, nem tampouco cheguei perto de um pé de pequi, hoje me aconteceu uma situação de falta de lógica semelhante.
MAS eu sou um universitário que mora longe de casa. Para aqueles que veem a geladeira vazia, jogar comida fora é crime.
Fui falar com a supervisora do local e expliquei o meu raciocínio. Ela meio que gaguejou, pediu um minuto e disse que ia conversar com a nutricionista-gerente. FOI... VOLTOU. Trouxe a seguinte explicação: “você tem que pegar todos os itens porque eles são contados como porção. Se pegar só um, vai sobrar do outro, já é tudo incluído nas contas de quantidade por pessoa e bla bla blá”. BOA RAZÃO. Não fosse pelo fato de que de qualquer forma vai pro lixo o que sobrar. Ou vai do prato de quem não come. Ou vai do restaurante que não pode, nem ao menos, dar o que sobra da comida para quem passa fome, e essa é uma outra lei discutível.
De qualquer forma, o que falta nesse país é racionalidade para criar sistemas inteligentes. Sejam leis ou cardápios. Seja na hora de se perguntar quantas pessoas valem um pé de pequi. Ou na hora de contar quantas toneladas de lixo vale um estomago vazio.
terça-feira, 24 de março de 2009
UD Prime
É, galera, quando vira a fatura do cartão é uma alegria!
Universitário tem dessas coisas. Não é não, Letícia?
Qualquer dia passo a receita.
domingo, 22 de março de 2009
Como fazer um Sanduba Maneiro (sem perder tempo na cozinha)
2 hamburgueres.
1 pão de hamburguer.
2 fatias de queijo (eu gosto do cheddar, mas a escolha é sua).
Algumas folhas de alface picadas em tiras.
Maionese, mostarde e katchup.
O segredo da receita em si não são os ingredientes. Mas o modo de preparo especialmente desenvolvido para moradores solitários que não querem perder tempo na cozinha eu lembrar que ainda é necessário lavar a louça quando já estão de volta ao tempo ocioso. Vamos lá:
MODO DE PREPARO:
Antes de qualquer coisa lave e corte as folhas de alface em tiras, faça isso num prato raso, seque as folhas de alface com um gardanapo limpo. Separe as tiras do alface no canto do prato. Coloque a frigideira para esquentar e enquanto isso corte o pão. Coloque o pão cortado no espaço livre do prato raso (ATENÇÃO, certifique-se de que a alface esteja realmente seca, porque se não molha o pão e ninguém merce pão molhado). Pegue os 2 hambuergueres e coloque-os na frigideira, e nada de ficar mexendo neles (o segredo de um hamburguer frito uniformemente é deixa-los por conta própria). Enquanto isso passe a maionese no pão. Se você não for uma tartaruga, antes de dar uma virada no hamburguer, vai sobrar tempo para já lavar a colher que sujou para passar a maionese (sim, eu passo maionese com colher) e a faca que cortou o pão. NÃO PERCA ESSE TEMPO PRECIOSO, APOSTO QUE VOCÊ NÃO VAI QUERER SAIR DO COMPUTADOR OU DA CAMA PARA LAVAR LOUÇA DEPOIS. Vire o hamburguer. Separe as fatias de queijo. Enquanto a outra parte do hamburguer frita, limpe a pia, coloque as sacolas do supermercado nos puxa-sacos e certifique-se que o refrigerante esteja gelado. Vire mais uma vez o hamburguer e coloque as fatias de queijo por cima e tampe. Diminua o fogo o máximo possível. Faça uma cavidade na parte superior do pão mas sem atravessá-lo, coloque ali as tiras de alface (a cavidade serve para que as folhas picadas não escapem pelos lados). Retire o hamburguer e coloque-os sobre a parte inferior do pão, coloque katchup e maionese a gosto. Tampe com a parte superior do pão. Não se esqueça de colocar agua na frigideira ao deixá-la na pia. E não se preocupe, tudo bem se você tiver vontade de lavar a frigideira só na semana que vem. Vá para a frente da TV ou do computador e enjoy.
Dica: se você quiser deixar o Sanduba ainda mais especial, coloque batata palha logo acima do segundo hamburger e logo abaixo das folhas de alface.
Eu sei que eu não sou nenhuma Ana Maria Braga para passar receita. Mas espero que tenha ficado mais ou menos claro.
Domingo...
Nem de um jeito e nem de outro.
Já que eu não to batendo perna por aí, era de se esperar que eu estudasse(?)...
Mas daí o que acontece... eu começo a ler um texto de História Moderna, canso e vou ler de Estudos Históricos, canso e venho para o computador, canso e vou pra coizinha, canso e leio Moderna de novo, canso de novo e vou... e assim vai. O importante é que faço 48392 coisas pela metade, e nada inteiro!
Vou começar a fazer as contas, e no meu próximo post provavelmente vai ter uma contagem regressiva pras férias!
CANSEI...
vou ler "Os agentes do Iluminismo" ;)
sábado, 21 de março de 2009
Conclusões
Infortúnio
Era uma vez, eu! Bixete (nota para os leitores do Renan: se você for do Rio de Janeiro, leia caloura) do curso de História da Federal de Uberlândia. Primeiro semestre. Na teoria eu dividia o apartamento com uma garota da minha sala, na prática era com ela e o namorado. Ate aí tudo bem(?), eu aguentava.
Depois de comer, voltamos para casa, nós três, eu, a companheira do apartamento e o namorado dela que, como já foi dito, havia se acoplado à residência.
A casa era uma casa até que bacana. Típica residência estudantil. Algumas paredes estavam com rachaduras mas dava para dormir dentro, embora dormir não seja a prioridade de estudantes universitários que moram em repúblicas, afinal, a maioria de nós estamos sempre estudando ou trabalhando, não é mesmo? Mas a descarga da privada lá de casa sempre foi meia boca. Vivia dando uma entupidinha de leve. Nesse dia, a LEI DE MURPHY no entando havia pairado sobre o local e o lag entre apertar o botão de descarga e a coisa fluir ralo a baixo estava demorando mais do que de costume.
O combinado, então, foi deixar a água baixar, colocar alguns litros de Diabo Verde (o desentupidor original, não o suco de limão do restaurante universitário) ou chamar um desentupidor. Ok!
Mas a vida... A vida é uma caixinha de surpresas...
Sem meu falso bom humor, bati na porta do quarto da dita cuja
- CAAARA! você está zuando que vocês cagaram por cima da privada já entupida???
- Aieh, ele tava passando mal o que você queria que ele fizesse? (num tom de quem diz, Rá! Você é quem está sobrando aqui, sua imbecil).
Como assim o que eu queria que ele fizesse? Que tal se matar, ir desovar na rua, fazer uma cirurgia de fechamento de buraco ou alguma coisa do genero? Ou talvez simplesmente fosse fazer na casa dele!
Mas nem falei, expressei isso só batendo a pota.
Aquela cena ficou la me dando raiva muito tempo.
Até que a filhadap.mãe resolveu chamar o desentupidor. Ah!, adivinha? Queria dividir por duas pessoas a despesa... eu e ela! Mandei ela a merda (trocadilho bastante válido na ocasião) e falei que eu ainda estaria fazendo muito pagando a minha parte, caso ela quisesse dividir por três, afinal, a bomba atômica tinha sido causada pelo namorado dela.
Resumindo:
! More sozinho, e não em uma república estudantil. (Caso seja inevitável, favor consultar a fixa criminal e higiênica do candidato roommate).
! Nao tome suco de limão do restaurante universitário da UFU.
! Teste a descarga do apartamento/casa varias vezes antes de assinar o contrato de locação (sim, eu fiz isso, tchsssssssssssssssssss, tchsssssssssssssssss) .
! Não seja pata (como eu) pra evitar atritos, eles são inevitáveis.
Beijomeliguem.
Eu fazer arte no cabelo! Lá, lá, laia...
quinta-feira, 19 de março de 2009
Confissões
Female Version
A minha odisséia é morar sozinha mesmo, porque enquanto eu morava acompanhada tava mais pra tragédia (mas isso é história pra próxima aula).
Como eu sou obrigada a reconhecer que o rapaz Renan é bem melhor com as palavras do que eu, vou falar de uma coisa que infelizmente ele não conhece pra poder enfeitar com toda sua narrativa fashion!
TPM!
Eu não acreditava nessas três letrinhas até sair de casa, para mim era desculpa pra histeria, mas assim como a situação da geladeira e da conta bancária tendem a ficar mais dramáticas, a situação de uma jovem naqueles (malditos) dias também.
Não que meu calendário menstrual forme uma linha reta, ou diagonal (ou sei la, na verdade acho que se ligar os pontos forma um coelho) mas creio que estou nela agora, ou quase. Dessa vez o drama é vontade de cortar o cabelo, pintar, largar o namorado, comprar uma moto, bicicleta (ou nem isso com a minha verba) e ir vender pamonha na praia. E falta de vontade de limpar a casa, ler meus mil textos, estudar ou fazer compras pra justificar o fato de a geladeira estar consumindo a energia.
Além do mais passei a minha noite de ontem em uma conversa bem calorosa, sobre como as pessoas são "sei lá". Preguiça do mundo!
Eu preferia mesmo era poder mijar em pé! Esse humor me mata!
O que me consola é saber que depois disso vem a cólica!
Beijosemeliguem.
Antes que esse blog tenha o mesmo fim de todos os outros blogs do rapaz aí... (?)
Gafes fazem parte
Eu ia observando o mar, a areia, os banhistas, os quiosques, e o próprio calçadão com os famosos ladrilhos em forma de til ~~~~~~~~. Tinha o sorriso no rosto de um cidadão do mundo, afinal eu tinha acabado de aterrissar na cidade que mais recebe turistas no Brasil, e o melhor, não era para uma simples visita, era para morar. Percebi que 5 de cada dez transeuntes eram gringos. Ils parlent français. Speaking English. Hablando Español. 日本語. 中文. Русский. E talvez alguns deles até fossem de outro planeta. Quando no meio do caminho, uma familia (pai, mãe, alguns filhos) se aproximou. Eram turistas. Brasileiros. Do interior do estado de São Paulo. Da mesma região que a minha. E falavam PORRRRRTA. O meu Rio de Janeiro não começaria alí se não fosse pela gafe, que causou gargalhadas nos churrascos da minha família nas férias. Entendam o porquê:
(A pergunta:)
- Oi, será que você pode falarrrrr pra gente onde fica o Pão de Açucarrrrr? Nóe estamos meio perrrdidos... hehehe.
- Cara, poxa, foi mal, mas eu não sei onde é o Pão de Açucarrrr não. Mas eu sei que logo alí tem uma Americanas Express.
O cara desconversou. Acho que fingiu que não tinha escutado a asneira que eu tinha dito. ERA OBVIO QUE ELE QUERIA SABER DO PÃO DE AÇUCAR. AQUELE MORRO DO BONDINHO. AQUELE QUE QUALQUER TURISTA VISITA QUANDO VEM AO RIO. AQUELE MESMO QUE ERA SÓ OLHAR PRO FINAL DA PRAIA EM DIREÇÃO AO LEME E VER, ENOOOORME. Minha fixa caiu segundos depois, tentei consetar, falei de umas placas, e acabamos trocando uma idéia, ele contou que era de Lins, que conhecia São José do Rio Preto e Mirassol (cidade natal deste ex(?)-imbecil), conversamos e ele disse que ia chamar um taxi que era mais seguro. Com certeza, o taxista saberia muito melhor do que eu, embora provavelmente ele fosse até a Lapa e o Centro da cidade para depois descer até a Zona Sul na Praia Vermelha para deixar os turistas subirem no famoso Cartão Postal.
Poxa! Mas tinha que ter perguntado bem do Pão de Açucar, não podia ter sido o Cristo Redentor, não? Tsc. Tsc. Tsc.
Bla bla blás de um morador solitário
Pra quem acredita que morar sozinho é viver nas mil maravilhas, vou logo adiantando, a geladeira não faz compras sozinha, a maquina de lavar existe, mas uma roupa manchada ou uma camiseta mais froxa que vc pagou R$200 devem ser lavadas a mão, de preferencia no banheiro enquanto se toma banho, vassouras, rodinhos, louças não tem vida própria como em Alice No País das Maravilhas.
É claro que tem o lado bom. Dormir quando “quiser”, estudar quando “quiser”, sair e não ter hora para voltar, enfim, isso tudo é verdade. Mas vou ser sincero, quando a gente sai de casa, principalmente em situações como a minha – saí para estudar – sempre bate uma saudade enorme da nossa casa... da rachadura na parede do corredor, da disposição dos móveis, das cores das paredes, dos elefantinhos indianos que ficam sobre a mesinha de centro na sala... mas principalmente de uma geladeira mágica, lavadoura mágica e uma cama que se arruma também magicamente, do jantar (arroz, feijão, um bife que não seja uma borracha e uma salada com um tempero nem tão salgado nem tão sem sal), das discuções com os país, irmãos, enfim... tudo isso é tão banal, mas faz uma falta quando não tá ali todo dia.
Ainda existem situações típicas dos moradores solitários: pegar onibus errado e parar do outro lado da cidade que você não conhecia. Alguém que te pede informação você ACHA que sabe dar, e dois minutos depois, quando a pessoa já foi embora pelo caminho indicado, você acaba descobrindo que o caminho ia para o outro lado. Comprar o hamburguer e descobrir que o pão de forma acabou, buscar o pão de forma e só lembrar quando abrir a geladeira que não tem mussarela nem maionese. Cenas comuns no cotodiano de um solitário.
Mas este é apenas um post introdutório... as histórias mesmo, só a partir do próximo. Espero que gostem e deem boas risadas. Até lá.