Rádio

quinta-feira, 19 de março de 2009

Bla bla blás de um morador solitário

Acabei de tropeçar numa comunidade no orkut que me identifiquei bastante: A odisséia de morar sozinho! Desde o começo do ano passado cheguei ao Rio completemante solitário. Daí em diante tive que aprender a me virar, afinal, está comprovado, o ditado é 100% verdadeiro: quando a água bate na bunda, a gente se vira e aprende a nadar.

Pra quem acredita que morar sozinho é viver nas mil maravilhas, vou logo adiantando, a geladeira não faz compras sozinha, a maquina de lavar existe, mas uma roupa manchada ou uma camiseta mais froxa que vc pagou R$200 devem ser lavadas a mão, de preferencia no banheiro enquanto se toma banho, vassouras, rodinhos, louças não tem vida própria como em Alice No País das Maravilhas.

É claro que tem o lado bom. Dormir quando “quiser”, estudar quando “quiser”, sair e não ter hora para voltar, enfim, isso tudo é verdade. Mas vou ser sincero, quando a gente sai de casa, principalmente em situações como a minha – saí para estudar – sempre bate uma saudade enorme da nossa casa... da rachadura na parede do corredor, da disposição dos móveis, das cores das paredes, dos elefantinhos indianos que ficam sobre a mesinha de centro na sala... mas principalmente de uma geladeira mágica, lavadoura mágica e uma cama que se arruma também magicamente, do jantar (arroz, feijão, um bife que não seja uma borracha e uma salada com um tempero nem tão salgado nem tão sem sal), das discuções com os país, irmãos, enfim... tudo isso é tão banal, mas faz uma falta quando não tá ali todo dia.

Ainda existem situações típicas dos moradores solitários: pegar onibus errado e parar do outro lado da cidade que você não conhecia. Alguém que te pede informação você ACHA que sabe dar, e dois minutos depois, quando a pessoa já foi embora pelo caminho indicado, você acaba descobrindo que o caminho ia para o outro lado. Comprar o hamburguer e descobrir que o pão de forma acabou, buscar o pão de forma e só lembrar quando abrir a geladeira que não tem mussarela nem maionese. Cenas comuns no cotodiano de um solitário.

Mas este é apenas um post introdutório... as histórias mesmo, só a partir do próximo. Espero que gostem e deem boas risadas. Até lá.

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